domingo, 28 de abril de 2013

Sentimento perecível

Deveria escancarar mais, está tão silencioso... Afastado.
Deveria exagerar menos, foi tanto e agora... Murcho.
Deveria encarar, está debaixo dos panos... Apagado.
Deveria pegar ou largar, está em cima do muro... Cambaleando.
Deveria voar e percorrer por todos os cantos do mundo, mas está imóvel... Abafado.
Como se fosse filhote de bicho... Está perdido.
Como se fosse produto enlatado... Está vencido.
Como se fosse indigente na rua... Está enlouquecido.
Como se fosse sentido trocado... Está desfalecido.
Como se fosse droga ingerida... Esta adormecido.
Afasta e se perde.
Murcha e apodrece.
Apaga e enlouquece.
Cambaleia e desfalece.
Abafa e adormece... O que tinha era amor e o que restou?
 
 
 


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Grand Finale


O que faz com aquela vontade sem controle de apagar a luz e chorar? E de ter que se esforçar para enxergar as pessoas e o que acontece a sua volta, como se você não fizesse parte daquilo?

De repente pego alguém me olhando e me espanto, eu devia responder algo que eu nem ouvi que foi perguntado. A atenção é nula e a cabeça parece estar milhões de distancia do corpo, que a alma não existe e deixou em seu lugar um frio desgastante no estomago.

Tem hora que quero sair correndo e tem hora que quero me enfiar debaixo de uns 5 cobertores para ver se esse frio de dentro passa... Mas não passa.

Um dia é possível que eu ainda entenda, sem concordar e nem aceitar, que com sentimentos bons nas mãos e no peito pode ser que se morra e que quem age com amor é visto com espanto enquanto quem é frio está aí... Como se fosse normal.

É de se assustar com quem é sincero e verdadeiro e é de se acostumar com quem não é... Que belo mundo, que belo retrato, que belo relacionamento e que bela troca de um ser para outro estamos metidos. Bravo!