segunda-feira, 28 de maio de 2012

Veja-me em preto e branco e não chore no final

A respiração é lenta mas os pensamentos não são. Os olhos quase se fecham mas a contração de um músculo qualquer faz com que eles fiquem arregalados. Eu sinto dor mesmo que não acuse ferimentos em mim. Dor na alma é a pior dor. Talvez ao som de violinos eu me calaria. Ou melhor, talvez ao som de violinos eu me silenciaria só. Não se amargure por mim como se o letreiro subisse ao fim do meu filme preto e branco, tão pouco chore. É triste ver com meus olhos. Eu bem sei que você não se abalaria assim. Mas, que mal existe eu inventar uma dor sua diante uma dor minha? Como se você enxergasse importância em tamanho exagero de sentimento meu. Tem noites que imagino uma despedida nossa e uma lagrima sua. Não que eu queria que você sofra, mas é poético tal sentimento cinematográfico em finais. Que bobagem. Rasgo todos esboços de finais. Abra meus olhos, grite nos meus ouvidos e me alerte que não sou história para Audrey Hepburn. Na verdade, não faça nada. O letreiro já está por vir, fique a vontade para sair antes de ver o final. Eu bem sei, que não é de agrado seu esses filmes exageradamente meus.

sábado, 26 de maio de 2012

Eis a não questão.

Eu queria largar tudo e ser filósofa. Já quis ser muitas outras coisas e com o tempo deixo falecer tal ideia. Mas queria largar tudo e ser apenas filósofa. Sem julgamentos, comprovações, alegações, competições e nem suposições. Apenas filosofias. Qual a ligação entre realidade e aparência? Um livro bom mas, feito de papel ruim que chega até deixar os dedos pretos borrados de tinta barata ou um conteúdo péssimo com capa dura com uma arte de tirar o chapéu? Eu adoro capas de livros! Eu adoro livros bons! Abro mão do meu idealismo e do meu realismo e mergulho-me na filosofia, largo tudo. Quando eu era mais jovem eu achava muito sexy homens que tocavam gaita mas, hoje eu os acho chatos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Como pode um peixe vivo viver fora da água fria?

Pensando bem, eu não sei. Eu nunca fui muito ambiciosa, mas posso dizer que sou um tanto agitada o que pode soar como ambição em algumas vezes. Eu não quero ganhar Oscar e nem premio nenhum. Não quero ser milionária e ter uma casa valiosíssima. Não, eu não quero conhecer o Dr. Hollywood. Mas, tenho o defeito de querer aprender cinco idiomas ao mesmo tempo, de planejar centenas de viagens para tais férias que nunca vou ter, de querer mudar no meu quarto desde cor da parede até posição dos móveis mesmo sabendo que a bagunça estará sempre presente, de mudar cor e corte de cabelo como se fosse fácil como tirar e vestir uma roupa. Tem gente que enxerga meu comportamento como ambição, mas tais inquietações não provem de ambição e sim de uma agitação de me manter viva. Mas, pensando bem eu não sei. Eu tenho um gosto estranho para filmes e confesso apreciar filmes sem sentido ou ao mesmo tempo sem história explícita, sim, eu sou apaixonada por filmes franceses. Onde eu quero chegar? Pensando bem, eu não sei. Jogue fora meus livros em outras línguas, meus filmes sem história, meus guias de viagens, minhas vitaminas e minhas maquiagens, mas jamais me deixe presa.