sábado, 30 de julho de 2011

O fim do infinito e o começo também.

Um prejuízo não visível e um rosto estremecido.
Você não precisa se incomodar então se sinta em casa!
Um desejo lastimável e uma fantasia rasgada.
Vícios, medos, costumes, saciedades.

Eu desejaria não ser como agora e nem estar presente no mesmo recinto que eu, neste momento.
Mas você, como eu disse, não precisa se incomodar. Sinta-se em casa.

A fragilidade de estar indefesa às crucificações me incomoda um pouco até,
Mas não a ponto de andar mais devagar ou tentar fugir, irei até o fim.

Considere como uma falha minha não esconder meus olhos sofridos e minha voz sem animo.
Considere um equivoco.
Talvez seja a parte de um ciclo infinito e eu fico sem ar muitas vezes.

A parte bonita é o silêncio, compreenda.
A parte feia é todo o resto.

Sinta-se em casa porque eu posso apagar as luzes, mas, garanto que as portas permanecerão abertas.
Por todo o tempo que estiver aqui.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Rota de fuga

Acordou de um pesadelo,
Chorou por horas seguidas e
Atrasou-se.

Andou ao vento com a cabeça na lua,
Não quis ver seu semblante no lago e
Atrasou-se

Não quis dar bom dia a ninguem,
Não quis tirar o oculos escuro,
Não quis falar porque talvez chorasse junto,
Não quis ser vista porque talvez poderia ser indagada:

Por que é triste?
Por que seus olhos não brilham mais?
Por que chora?
Por que não se abraça mais?

Fechou os olhos com força,
Apertou suas mãos na roupa e
Despencou-se

Sentou no chão de lama,
Abraçou os joelhos e
Despencou-se

Esta nitido tanto pavor naqueles olhos?
Olhos chorosos e pequenos
Olhos pecaminosos e covardes
Olhos que ja não tem mais vida.

As roupas sujas de lama
Os labios desenhados para baixo
As unhas marcam os braços
La, existe um choro que demorou a vir.

Mas agora não se disfarça mais.

Não pergunte nada apenas sinta.
Não tem mistério nenhum.

Agora a cortina se fechou e todos ja deixaram a plateia
Desmoronou-se.

domingo, 24 de julho de 2011

São Tomé?

Incredulos.
Não falando de crença e nem de religião.
Mas convive-se no meio de incredulos.

Você não tem nada sem antes provar que tem.
Se diz ter um carro a alguem, esse alguem se nunca viu o tal carro vez alguma dirá: Cadê seu carro que nunca vi?
Logo você não tem o carro.

Incredulos.

Não se pode ter um carro e guarda-lo?

É... e quem vai ter um carro e nunca usa-lo? deixar la guardado exclusivamente só para o dono? Ninguem nunca vê o proprietário do carro com o carro?

Incredulos.

Eu acho que ja vi o carro mas não posso dar certeza, foi assim meio que rápido sabe?
Eu acho que ele não tem carro mesmo não.

Incredulos.

sábado, 16 de julho de 2011

a parte de mim que sempre será assim.

Tem alguma ordem correta?
Meus livros ficam aleatórios na estante.
Dividi-los por ordem alfabética ou por tema não me agrada.

Não faça escândalos quando eu estiver incerta,
E não me peça verdades como se fosse algo vendável.

Eu não sou produto.
Meu sentimento não é retirado em máquinas de refrigerante.

Eu não aceito o inaceitável por pena, simplesmente porque eu quero.

E eu ainda pergunto tem alguma ordem correta?
Não!
Há delimitações.
E eu decido quando sua fronteira é inimiga da minha.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

a mesma imagem projetada, sempre!

Como uma mancha escura na parede.
uma sombra que se move, e me assusta.
Como uma silhueta na parede
uma sombra que se move, e me trasntorna.

Me inspira!
Faça alguma coisa.
Me acalme!
Faça alguma coisa.

Não tire ainda mais a luz que reflete aqui, por favor?
Esta ficando muito sombrio.

Eu cubro meu rosto com lençóis negros
E assim eu finjo que a escuridão vem de mim.
Mas sabemos que logo eu não me deixarei enganar mais.

É que eu tenho medo.
E também tenho alma.
E um é a sombra do outro.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

quando foi que existiu paz e amor?

É, eu não sou Miss de nada e nunca vou ser, mas sabe?
Meu maior desejo hoje é a "paz mundial"
Parece coisa impensada, mas...

As pessoas estão cada vez mais sem noção das coisas, com pressa em tudo, de mau humor.
Eu não tiro o meu da reta também não. Não que seja uma reclamação eu vejo como um desabafo.

Ante-ontem passei em um pronto socorro devido a uma reação alérgica, um pronto socorro que costumo ir com certa frequencia . Quando cheguei no guichê do pronto socorro entreguei minha carteirinha do convênio e meu documento, quando a atendente diz que precisa fazer meu cadastro porque tinha mudado o sistema depois que uma empresa de convênio comprou a que eu uso e bla bla bla. Ok, então eu dei todos os meus dados para o cadastro peguei minha senha e aguardei... Fiquei três horas aguardando e não fui atendida. Piorando meu estado voltei ao pronto socorro ontem, eis que chego no guichê e a atendente pergunta:
- Qual o CEP da sua residência?
- Você vai fazer o cadastro de novo? eu pergunto.
- Sabe senhora depois que a empresa comprou essa empresa tivemos que mudar o sistema e estamos cadastrando os pacientes de novo. Qual o CEP da sua residência?
Eu indignada disse:
- Você me procurou no cadastro pelo menos?
E ela repetiu enrugando a testa e apertando os olhos:
- Senhora o sistema mudou nao temos mais cadastros. Qual o CEP da sua residência?
- Mudou o sitema ontem depois das 17 horas? ironicamente eu pergunto.
- Ahnh? ela disse com cara de atendente de pronto socorro
- Eu estive aqui ontem e preenchi cadastro! Você nem me procurou!
Confusa ela gritou:
- Ontem??
- Sim ontem, procura meu cadastro.
Ela não quis dar o braço a torcer da preguiça de me procurar no cadastro e disse:
- Não consta. Qual o CEP da sua residência?
Eu acabei fazendo um novo cadastro.

Nesse pronto socorro eles tem a mania de colocar uma pulseirinha nos pacientes que depois para tirar só com serrador,e pior que essa pulseirinha não serve para nada, ninguem ve, nenhum médico nunca pediu. E la veio a atendente com a maldita da pulseirinha pra cima de mim. Eu disse:
- Posso só segurar? estou com alergias no pulso.
E a esperta com cara de que queria me matar disse:
- Coloca no outro senhora.
Eu respondi:
- Jura que voce achou que sou imbecil o suficiente de achar que so tenho um pulso? os dois estão com alergias.
A atendente que não poderia me matar (apenas desejar) tacou a pulseirinha pra longe do balcão junto com meus doscumentos.
Sentei para esperar ser atendida. Passando pela triagem a enfermeira pergunta o que eu tinha, eu disse que estava com uma alergia a cloro pelo corpo todo,ela aferiu temperatura e pressão e disse:
- Mas o que voce esta sentindo?
- Alergia que queima e coça
- Mas o que mais? ela disse.
- Mais?
- É. Mais algum sintoma, ou você veio só por causa da alergia? disse a bondosa enfermeira.
- Querer matar uma enfermeira que faz pergunta imbecil é sintoma?

Desejo da semana: a paz mundial! Ou seria pessoas menos imbecis nascendo por aí??
A campanha "Salvem as baleias brancas" pode esperar?

domingo, 10 de julho de 2011

Quando o brilho do sol não é mais aquele.

Se não é questão de preferência seria o que?
É estimado algo de uma forma privilegiada.

Doce ou salgado?
Agua ou terra?
Estrada ou rua?
Tênis ou sapato?
Dia ou noite?
MPB ou Rock?

É preferido algo sim!

Uma vez ou outra pode-se comer salgado se prefere o doce.
Dependendo do seu humor ate consegue ouvir MPB se prefere o rock.
Por necessidade acaba andando na rua mesmo sua preferência sendo a estrada.
Se prefere a noite terá que suportar o dia como uma obrigação mesmo.
Não se pode usar tênis sempre e mesmo não suportando o sapato terá que usa-lo ocasionalmente.
Não se bebe terra quando se prefere agua e nada é construido com agua.

Mas há casos em que a questão é de preferência sim!

Não queira me provar do contrário, não é digno.
E eu vou falar de dignidade?
Não agora, por favor!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

?

Eu gosto de catavento,
De guarda-chuva não!

Eu gosto do caminho certo,
De tempestades não!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

i.r.r.e.f.u.t.á.v.e.l.

Não que seja uma forma de contribuição, mas...
É um estado confortável.
Certos prazeres e desprazeres caminham juntos na mesma estrada.

Sentidos inesgotáveis e um pouco de vontade também.
Aquilo que não se diz com palavras e falta gestos para traduzir.

Inexplicável e indizível.
Faz parte do meu enigma!

Que graça teria se eu me entendesse do mesmo modo que todos os outros?
E que graça tem em traduzir-me assim?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Hipoteca.

Deixa-me longe deles?
Faça barreiras ou mate-os.
Não os deixe próximos a mim jamais.

Destrua todos os tipos de lembranças
Não os deixe próximos a mim nunca mais
Jogue tinta fresca na parede que eles tocaram.

E quando eu perder o controle, me controle sem que eu saiba
E quando eu fingir conhecer o caminho, me guie sem que eu perceba.
E quando eu virar o rosto disfarçando tristeza, acaricie minhas costas.

Deixe tudo ao acaso.
Nunca deixe que eu perceba que algo foi planejado.
Deixe tudo ao vento
Nunca deixe que eu perceba que algo foi planejado.
Deixe tudo para o final
Nunca deixe que eu perceba que esse final não será feliz.

Deixa-me guardada aqui nessa caixinha preta
No seu bolso velho e de preferência o mais rasgado.
Deixa-me estocada aqui nesse envelope amassado
Na sua gaveta emperrada e de preferência a mais lotada de inutilidades.
Deixa-me empenhada aqui nessa loja falsificada
Na sua nota rasgada e de preferência com o mínimo de valor.

Nos meus sonhos eles se aproximam cada vez mais
Deixa-me longe deles, eu suplico.
Meus ouvidos não aguentam tanto barulho assim
Deixa-me longe deles, eu suplico.

Com eles por perto eu sou bicho pequeno
sou chuva fina, sou areia movediça.
Com eles por perto purgo-me deles
sou agua gelada, sou lampada fraca.

Nos meus sonhos eu não tenho jornada com eles por perto.
E eu que deixei de sonhar por que eles estavam perto.
E quem disse que deixar de sonhar vive-se mais?

domingo, 3 de julho de 2011

a noite me ensinou esquecer.

O dia não me acolhe como a noite.
A noite pode ser silenciosa como hoje ou terrivelmente barulhenta como as outras
Com lua cheia ou sem mas é noite e eu me sinto abraçada mesmo assim.

O dia não silencia minhas dores e ainda abre as feridas
A noite me acompanha numa taça de vinho branco
E assim brindamos: a nós!

Eu danço e me sinto na lua como sombra escura.
Eu choro e me sinto bela como poesia que só existe na noite.

Bêbados.
A noite e eu.

Solitários
A noite e eu.

Eu queria que todas as horas fossem noites.
Intensifica-me com a noite.

O que é belo fica ainda mais belo a noite
O que é triste fica menos triste a noite
O que é feio fica quase feio a noite
O que é perfeito fica ainda mais perfeito a noite
O que machuca quase se cura a noite.

Intensifica-me com a noite.

crua.

A sensação é essa mesma.
Descontrole!
Uma música antiga martelando na cabeça.
Desfoque!

A corrida é longa e a pista é inadequada.
Descontrole!
Um quadro mal pintado na parede.
Desfoque!

Mentira ou cegueira?
Continue sóbrio se assim preferir.
Descontrole!

Gritaria ou penhasco?
Fotografe esse instante borrado.
Desfoque!

Duran Duran seria um castigo ou um curativo agora?

Descontrole!

Desfoque!

Minha vestimenta esta nas minhas mãos
E eu a deixo voar e sumir.
Caminharei assim: Crua.

Assumirei a minha face assim: Crua.

Desesperadamente... crua!