quinta-feira, 15 de março de 2012

mudanças contrariadas e temidas por mim.

Como Carlos Drummond de Andrade, eu tive um dia separado para colocar em dia o choro que não tive tempo para chorar. Sem motivo e por todos os motivos que deixei passar, que me fiz cega e que aos olhos de outros não são motivos. Choro sim.
Choro por não saber aonde ir se eu quiser correr e por não saber onde acomodar se eu quiser ficar.
Choro por extremos e pelo similar, por amor e pelo desamor.
Rios de sabedoria e marés de descobertas e meu choro tem cheiro de dor e o formato é do desconhecido.
Sonho quase todas as noites que sou carregada nos braços por um homem que nunca conheci e me sinto confortada mesmo não sabendo se ele me salva ou me violenta eu sinto paz.
Temo eu não recuperar minha frieza nunca mais e eu choro.
Eu já fui inabalável e talvez isso esteja mudando brutalmente e assim eu declaro que não posso conviver comigo dessa forma.
Antes fria e aparentemente feliz e hoje abalada, magoada, abandonada, emocionada e não tão amada e visivelmente infeliz.

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