segunda-feira, 16 de abril de 2012

Supérfluo, irreal e de mau gosto mas se for amor (...)

Mesmo supérfluo se for amor a gente carrega conosco.
Ninguém quer sofrer mas fere e ninguém quer chorar mas agride.
Mesmo irreal se for amor a gente coloca para dentro de nós.
Ninguém quer ser deixado mas vai embora e ninguém quer ser enganado mas engana.
Mesmo de faz de conta se for amor a gente inventa em nós.
Ninguém quer ser sozinho mas só olha para si próprio, ninguém quer ser traído mas não é leal um minuto se quer.
Estamos em tempos difíceis, queremos tudo e não damos nada e assim morremos sós.
Sem acreditar em ninguém, sem ter ninguém.
Não passamos de esboços de personagens mal projetados numa história inacabada, mal feita e de um imenso mau gosto.

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