segunda-feira, 28 de maio de 2012

Veja-me em preto e branco e não chore no final

A respiração é lenta mas os pensamentos não são. Os olhos quase se fecham mas a contração de um músculo qualquer faz com que eles fiquem arregalados. Eu sinto dor mesmo que não acuse ferimentos em mim. Dor na alma é a pior dor. Talvez ao som de violinos eu me calaria. Ou melhor, talvez ao som de violinos eu me silenciaria só. Não se amargure por mim como se o letreiro subisse ao fim do meu filme preto e branco, tão pouco chore. É triste ver com meus olhos. Eu bem sei que você não se abalaria assim. Mas, que mal existe eu inventar uma dor sua diante uma dor minha? Como se você enxergasse importância em tamanho exagero de sentimento meu. Tem noites que imagino uma despedida nossa e uma lagrima sua. Não que eu queria que você sofra, mas é poético tal sentimento cinematográfico em finais. Que bobagem. Rasgo todos esboços de finais. Abra meus olhos, grite nos meus ouvidos e me alerte que não sou história para Audrey Hepburn. Na verdade, não faça nada. O letreiro já está por vir, fique a vontade para sair antes de ver o final. Eu bem sei, que não é de agrado seu esses filmes exageradamente meus.

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