Saboreie o dissabor de ventanias expostas em caras desfeitas sob choros sem lágrimas e rimas sem sentido.
Por que haveria sentido no desprazer dos sopros de ventos?
Por que haveria prazer no sentido dos ventos sem rumo?
Rumo nas rimas malfeitas
Sentido no rumo sem rimas, sem vida, sem clima.
Aspectos sem forma em palavras malditas e mal-ditas ou benditas sem serem ditas.
Por que haveria sentido no prazer das rimas partidas em uma partida sem despedida?
Partida de ida, partida em pedaços.
Olhos com ódio, com pena, com sentimento enrustido, com piedade e por fim com medo.
Navegue em mares conhecidos pelo teu choro inundando-o, afogando-te crucialmente até perder teus sentidos em rimas pobres.
Haveria juízo, haveria consolo e salvação.
De que fala tua lingua se detém? De que silêncio tua fala adoece?
A fala obscura não te cura, te manipula e cada vez mais te afunda em lama vestida de pedras afiadas em culpas.
Lábios colados, costurados, enterrados e por fim mortos de beijos escuros e imaginados, pintados com batom da cor que não existe e que te envenena até te viciar em diabrura em pedaços.
E ainda pergunto: Quer morrer ou quer mais vida?
Se me permites; faço-te escolher a vida.