No rosto um olhar longe que ia desde 1994 até a noite de ontem.
Ela se encarou no espelho e seus olhos evitavam seu próprio olhar.
Ela se perguntou se tinha feito algo de errado e se calou. Só podia estar de brincadeira.
Ela se fecha e seu barulho é uma ilusāo para quem o ouve e ontem ela admitiu para quem quisesse ouvir, mas nāo tinha ninguém para vê-la forjar tua cena e assim ela se curvou diante seus pecados e chorou como se pedisse perdāo à distância por tudo que ela carregava nas costas.
Sabendo que ela nāo poderia ser perdoada naquele minuto limpou o rosto de lágrimas e tentou se acalmar. E se acalmou.
Ela cantou sua música preferida e se vestiu de flores. Olhou-se novamente no espelho levando um pincel de deliniador até seus olhos apagados. Do lado de fora um barulho que a fez pular e pertubando sua mente imaginou dois riscos pretos embaixo de teus olhos como se fosse para a guerra, mas era maquiagem borrada. E o barulho não era nenhuma bomba para ataca-la eram fogos de artifício.
O coraçāo dessa mulher está baleado, aos trapos, agitado e envelhecido desde 1994. E ela sabe o motivo de evitar o seu próprio olhar e alguém pode desarmá-la contra isso?
Ela ja imaginava que não.
Noturna
Há 12 anos
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