terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Tempestade em mim.

Aquela sensação de esquecer alguma coisa ao sair de casa me atormenta e eu choro.

Você chora? Já me perguntaram uma vez, e você não sabe o quanto, eu respondi.
Existe alguém que não chora?
Mas você está sempre rindo e fazendo os outros rirem também, retrucaram. Bingo!

Quem você acha que eu sou?
Eu tenho sangue nas veias e quando arde eu choro.

E de um minuto para outro eu me incomodei com toda essa bagunça ao meu redor.

Eu quero gavetas com etiquetas e camisas bem dobradas, tirar tudo que escondo embaixo da cama, jogar fora o lixo das bolsas que troquei e larguei por aí, arquivar meus CDs por ordem alfabética, desempilhar as roupas da cadeira e pendurá-las nos cabides.

Sair para onde for sem a sensação de estar esquecendo algo, e não chorar.

Geralmente essa sensação é inútil e no final do dia não senti falta de nada e eu choro. Na verdade essa sensação é um aviso para eu mesma não esquecer que eu estou ali.

É. Eu esqueço de mim de vez em quando. Eu me atormento e choro.

A tempestade de hoje?
Era a minha alma, você a sentiu?
Ela me denunciou e sem nenhum sorriso essa noite ela também me condenou.

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