segunda-feira, 17 de outubro de 2011

seu calibre é discreto mas completamente eficaz.

E eu que guardava tudo para mim
Achando que eu pouparia pessoas ou que eu me pouparia delas também.
Quietinha eu sorria um sorriso camuflando a dor.

E agora essas lesões?

E eu não posso reclamar porque eu me deixei lesionar!

Chagas de desgosto!

E eu que nunca tive medo do escuro me apavoro assim quando anoitece?
O silêncio é a pior coisa agora.
E eu que nunca tive medo de morrer me apavoro assim quando fere meu corpo?
A dor é a pior coisa agora.

Aflita sem ter para onde ir ou ninguém para pedir abrigo!
Mergulhada num mar de mágoas engasgo cada vez mais e assim afundo sem forças!

Atire de vez tudo sem dó.
Pegue tudo que é meu e tire proveito, mas não me marque mais.
Eu te peço! Deixa-me impune a essas dores eu já não as resisto!

Já não tenho mais nada, agora chega?
Já estou sozinha completamente. Satisfaça sua sede agora?

Agora só resta a mim os meus sonhos e as pessoas que eu invento para que eu não me sinta realmente só, é uma fantasia minha apenas. Deixe meus sonhos comigo! O resto você já levou.

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